Para o Recomeço

aa8cf852-7845-4bc1-b4b1-ed68c1d0ca44São mais de três anos desde o último post. Parece que nem sei mais escrever. A vida deu tantas voltas, tantos se foram, outros voltaram, e alguns apareceram. Estou aqui para voltar a contar minha história. Voltemos com algumas imagens, algumas músicas, e alguma tristeza, pois ninguém escreve quando se está totalmente bem. Aqui inicio novamente o Café Tpm.

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Para o Desabafo e Royksopp

Estou passando por uma fase muito difícil. Meu pai faleceu e então a cada dia aprendo a lidar com coisas que nunca achei  que teria contato. Sou órfã de pai e mãe. São tantas dúvidas, problemas e preocupações que o futuro parece mais uma névoa dispersa do que uma luz no final do túnel.

Mas ainda assim, aprendi uma coisa. Aprendi que o futuro tem vida própria, que meu controle sobre ele é quase nulo, preocupar-se com ele é gasto de tempo e energia mental. Que cada problema desponte para que eu possa , no tempo correto, colher seus brotos, e que cada broto vire uma planta, com frutos doces e delicados.

 

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Para os olhos – Mario Cravo Neto

Existem alguns fotógrafos que simplesmente nos fascinam. Mario Cravo Neto é para mim um dos melhores. Sua fotografia é crua, nua e brutal, ao mesmo tempo delicada e imaginativa.

Talvez pela sua ligação com a escultura, suas fotos apresentam uma situação estática, porém com muita força. Como o último momento, no qual o nadador respira para dar o salto. Os músculos saltam, a respiração para, mas o coração bate com a excitação da novidade.

Essas fotos me despertam, fazem os olhos viverem.

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Mario Cravo Neto foi um fotógrafo e escultor baiano que morreu aos 62 anos em 2009.

http://www.cravoneto.com.br/

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Para a emoção – Dear Esther

Acho que ando lendo demais as nerdices do meu amigo Rodrygo. Por lá, ele é o especialista em jogos e pode dar a maior dica pra vocês no Joga.R. , e até mesmo explicar os mundos de Braid. Eu me limito aos livros e música por aqui. Mas e quando se acha um jogo que é pura leitura, visão e música? Aí não dá pra deixar de falar aqui no Café.

Nem sei como achei Dear Esther. Com certeza foi perambulando em alguma madrugada por algum canto da internet. Só lembro que li uma discussão se o tal game era realmente um jogo ou não, isso me intrigou. Como um jogo pode gerar uma dúvida dessa natureza?

Dear Esther não tem monstros ou desafios. O seu papel é apenas andar em um cenário, explorar e ir seguindo os pensamentos na cabeça do naufrago que fala enquanto anda pelas paisagens maravilhosas de uma ilha. O gráfico do jogo é impecável, extremamente detalhado. A trilha sonora nem se fala, simplesmente maravilhosa. Já o enredo mostra uma sensibilidade de um artista. Resumindo , o jogo ( ou não jogo) é uma peça de arte.

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O meu lugar preferido, as múltiplas cachoeiras dentro da caverna.

E uma das músicas da trilha:

Pra quem quer economizar já aviso que dá pra baixar no modo pirata sim. Mas por ser um jogo ” Lado B” acho legal apoiar os desenvolvedores, e além disso, é baratinho, 17 reais lá no Steam. Bom, 25 que você quiser comprar a trilha sonora, que eu super recomendo. E já tem tradução pronta 🙂

Fica a dica de um jogo pra quem cansou do panorama dos games atuais, ou até mesmo para os que não gostam de jogos.

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Para os Ouvidos – Eddie Vedder

Tá aí, era pra acabar o mundo hoje, então eu não preparei nenhum post bem elaborado. Só uma musiquinha mesmo pra vocês. Escutem” Longing to Belong” do Eddie Vedder.

 

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Desafio Literário (Dezembro) – Amor Outono

Com esse livro fecho o a minha participação no Desafio Literário 2012, e com orgulho posso dizer que concluí o projeto, mesmo não fazendo todas as resenhas, segui o cronograma  modifiquei alguns livros, mas li a cada mês uma obra com o tema indicado, e foi tudo muito bom!

Para terminar, com um livro de poemas, li ” Amor Outono” de Nikesh Murali.

Não sou a maior fã de poesia. Talvez ler nas entrelinhas seja um dom para algumas pessoas, e eu prefiro frases inteiras, construídas no padrão com um grande encadeamento lógico. Mesmo assim gostei do que li. Esse é um livro de amor, sobre os amores de outono. Sobre cada um deles que são diferentes mas que convergem no outro.

O poema que eu mais gostei foi:

Enigma do Amor

Deixe-nos resolver o enigma do amor.

Por que os mais encarpados penhascos

E as mais escuras valas

Acasalam-se e balouçam como uma serpente sibilante?

Por que o amável lótus

E o feio Sapo

Ecoam as rimas de vera adoração?

Por que tu e eu

Olhamos dentro dos olhos um do outro

E fazemos um compromisso de vida?

outono

Explico o motivo de eu ter gostado desse poema. Pra mim ele mostrou algo que eu nunca tinha pensado, nos polos da natureza se encontrando e convivendo de forma tão harmônica. E de certa forma isso explicou pra mim o compromisso de vida, que eu nunca consegui entender, por acreditar que tudo está fadado à mudança.

O autor Nikesh Murali é natural de Trivandrum, India e é aclamado por seus contos e críticas.

Apesar da poesia não ser o meu estilo, gostei muito de adentrar no mundo dos versos.

 

 

 

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Desafio Literário (Novembro) – O Hobbit

O Hobbit

O desafio do mês de novembro era ler os autores africanos. Confesso que peguei um autor “padrão”, e que talvez não descreve com todo o potencial a vida no continente africano, mas como temos um filme por aí saindo, resolvi aguentar e ler de fato “O Hobbit” do J. R. R. Tolkien.

Eu já li a obra épica ” O Senhor dos Anéis” do mesmo autor, e sempre amei a literatura rica de Tolkien. Porém tenho que dizer, mesmo sendo fã, que por muitas vezes a escrita é maçante e extremamente descritiva. Isso não acontece com O Hobbit.

Sabe aquele livro que nos sentimos bobos por ler com um sorriso na cara? Pois é, assim é a leitura dessa obra.

Tokien cria cenários, nos faz dar boas risadas e acima de tudo nos transforma em crianças desbravando o mundo. As aventuras bem humoradas, um mundo cheio de perigos e o bom sempre vencendo o mal que nos faz acreditar um pouco mais na vida. Acho que foi exatamente o tipo de leitura que eu estava precisando.

Amei as aventuras de Bilbo Bolseiro, de rever o Gollum, e de entender os fatos que antecederam ” O Senhor dos Anéis”. Agora que venha o filme!

Tenho que deixar o trailer aqui né?

 

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Desafio Literário (Outubro) – Estigmas

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Grafic Novel.

E com isso iniciamos o mês de outubro no desafio literário.

Há muitos anos, vi uma resenha na Folha de São Paulo, sobre um livrinho de dois autores. A crítica fazia elogios a obra “Estigmas’. Como sou uma compulsiva, tive que comprar.

A surpresa começou assim que vi a primeira página, já que o tal livro era composto por figuras. Na época comecei a ler, por falta de tempo e maturidade, logo abandonei a leitura. Mas o DL chegou e me fez abrir as páginas mais uma vez.

Composto por três capítulos, a obra conta com os desenhos do genial Lorenzo Mattotti que casa perfeitamente com a escrita suave e lírica do romancista Claudio Piersanti.

Não é que gostei?

O livro fala de um bêbado que por obra de algo recebe estigmas, é tratado como santo, louco, e animal, para no final, alcançar a verdadeira iluminação. No seu caminho dilúvios, perdas, e mortes.

Na morte ele encontra seu único conforto, entre os mortos seus amigos. Em sua cova reconhece seus iguais e por isso sente carinho por todos que adentram no sono eterno. O livro me fez pensar do porquê que temos carinho pelos que a carne já não é habitada, do motivo dos velórios, flores e lápides pomposas. Será que sentimos saudade e afeto? Ou temos certeza de um destino e por isso criamos uma compaixão pela morte?

Para o personagem, ele é a morte. Seus estigmas trazem a dor, sangram na alma. Ele morre para o mundo para renascer, como uma fênix. E como um pássaro traz os restos da esperança, simplesmente para dar aos que veem na morte a certeza da vida.

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Para o Ego/Ouvidos – Hungry Ghosts e Chão

Sem muito o que dizer. Só uma fotinho e uma banda.

 

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Desafio Literário (Setembro) – Crônicas de Luz e Sombras

Olá desafiantes do vasto império mitológico. Setembro está repleto de criaturas fantásticas e Deuses interessantes.
E no mês da mitologia, a minha escolha foi um tanto surpreendente. Li o livro Olam, que fala um pouco sobre a mitologia hebraica. Para todos que acham que essa se baseia em religiosidades, podem se surpreender com o complexo universo da terra de Israel.
A obra em si mostra o básico da qualquer romance épico. Um menino humilde descobre seu papel em um mundo no abismo das guerras. Para isso, outros clichês são empregados, como a princesa linda, a filha do comerciante, o cavalheiro e os sábios. Mas não se prendam nessa fórmula batida dos pós- Tolkien. Veja a diversidade das terras e o rico folclore.
Vou explicar sobre as shoham, que são pedras que retém diferentes energias, podendo até mesmo guardar conhecimento, pergaminhos, fazer ligações e filmar vídeos. Sim isso mesmo, uma shoham é o smartphone perfeito. E pensar que os hebraicos já tinham inventado isso antes do badalado Steve Jobs.
O mais interessante sobre essas pedras, é que elas seriam o motivo dos sacerdotes usarem joias em suas vestimentas, ou vocês achavam que eles só queriam ficar bonitos diante do espelho?
Esse é apenas um ponto do livro que me fascinou. Outra ressalva serve para os cenários e seres.
Além disso a cultura em si é simplesmente fantástica. Porém, aviso que não é um livro “convidativo”. A estória apresenta certos lapsos o que prejudica bastante a leitura, além da linguagem ser cansativa ( conheço uma pessoa que também não gostou do mapa).
Resumindo, não é uma obra perfeita. No entanto vale a leitura, pois sempre é bom conhecer uma mitologia tão esquecida quanto seu povo.

• Impossível Ler esse livro e deixar de pensar no Adso Von Melk vendo o portal da abadia pela primeira vez, vejo que o Umberto Eco pesquisou muito sobre o folclore hebraico para escrever “ O Nome da Rosa”.

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